G1 - Hoje no sertanejo há expressões esquisitas. Tem 'Tchu tchu tcha', 'Lelelê', 'Tche tcherere tche tchê'. Mas você nunca se aventurou por essa onda. Por quê? Luan Santana - Acho que não tem muito a ver comigo. Respeito, lógico, o trabalho de todo mundo. O sertanejo hoje vive um momento maravilhoso. Mas é uma coisa que não tem a ver comigo. Existem outras formas de falar de amor sem apelar tanto, sem falar uma linguagem que leva para o lado do sexo, entendeu?
G1 - Então não há chance de uma expressão dessas, que obviamente querem dizer sexo ou algo próximo a isso, aparecer na sua música? Luan - Não tenho essa pretensão. O meu caminho é diferente.
Luan - Então, boa pergunta. É mais medo de fazer o contrário, do que gostar do negócio ao vivo mesmo. Se for ver, a qualidade musical sem os gritos, sem aquela coisa ao vivo, é muito maior. Por mim, gravaria só CD acústico, em estúdio. Mas virou uma mania. Na rádio, se não tem o grito... A galera tem aquela coisa também: se está todo mundo cantando, significa que é sucesso, eles acabam indo atrás da música também.
G1 - Você acha que o disco, musicalmente, também é um pouco mais sério, é menos 'pra cima' do que os anteriores?
Luan - Ele é um pouco mais profundo, menos superficial. O jeito de falar de amor é diferente. Tem mais músicas profundas do que em outros projetos meus. É lógico que também não posso ir totalmente para lá. O maior desafio de todo artista é lançar um trabalho e conseguir inovar sem sair do que você já vem fazendo. Tem música que remete aos CDs passados como "Única", que é meio que a "Adrenalina" deste disco; "Nega" tem uma linguagem direta para os fãs, chamo minhas fãs de nega. Mas ele tem mais músicas sérias do que os outros.
G1 - A capa do novo disco, o tratamento das fotos e a arte do CD têm uma pegada meio soturna, mais séria. Li muito fã dizendo que parece 'Crepúsculo'. Tem um pouco a ver, foi pensado dessa forma?
G1 - Seu maior ídolo, Zezé di Camargo, vem enfrentando problemas com a voz. Você tem medo de perder a voz com excesso de shows? Isso te preocupa? Luan - O Zezé operou. Eu tenho medo sim, porque a rotina de shows é realmente estressante até para a voz. Eu estou em uma correria danada, principalmente neste início de ano, com lançamento de CD. Só que eu tenho uma fonoaudióloga que me acompanha, a Janaína, que sempre está cuidando de mim. É importante cuidar da voz, é meu ganha-pão, o bem mais precioso que eu tenho.
G1 - Você se diz fã de modas de viola. Já pensou em fazer um disco apresentando esse tipo de música para seus fãs?
Luan - Cara, esse é meu sonho. Está nos meus projetos gravar meio que um disco duplo, um só com músicas antigas e o outro com inéditas. As músicas são bonitas, demais. São músicas complexas, a história é bonita. São letras do fundo do coração.
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